Eu não sou de ninguém, quero ser do mundo, sou do mundo, do meu, do seu, do seu imaginário bizarro de está lendo isso.
Descartei velhas preocupações, velhos tabus e limites impositivos, e agora sinto e vejo que o meu mundo gira bem melhor, novas engrenagens, lubrificantes de vida, e óleos aromatizantes para manter a viscosidade dos dias, e como estão diferentes, e como tudo mudou. Já não me importa se é aqui ou lá, se onde estou eu sou, e se já sou o que eu quero ser e o que você imaginar, serei o mesmo de sempre, pois aqui dentro, nada mudou, por fora nada mudou. Apenas o mundo que gira diferente, mais leve. Alegre.
Então, ainda gosto dos meus dias cinza, gosto das noites coloridas, gosto da penumbra e do verde-amarelado do entardecer e do alvorecer, são detalhes de cheiro diferentes, de gostos diferentes, de “frutas diferentes que te deixariam tonta”, gosto da sensação de medo, dos novos prazeres, dos desejos e das novas melodias que encontro ao dobrar cada esquina.
São dias, noites, tardes e madrugadas diferentes, lugares diferentes, pessoas diferentes, gosto de está aqui e lá, e acabo estando em toda parte, mas não irá me achar, pois o verdadeiro, não está lá.