segunda-feira, 31 de agosto de 2009

como eu...

é, não somos tão magníficos quanto pensamos ser. somos frágeis, cidadões frágeis, que perderam o senso coletivo de luta e sobrevivência. tá... alguns ainda se salvam, alguns revolucionários ativos gritando pro escuro, outros, revolucionários preguiçosos como eu, que cruzam os braços e discutem qual é a melhor forma de se render ao sistema. já não temos a força que tínhamos nem se quer para gritar, caímos na tentação de prazeres capitalistas, até o sexo virou capitalista, o prazer mais primitivo caiu na armadilha. somos pobres, e tudo reluz aos nossos olhos até nos cegarem, e a noite cai e esquecemos de pensar.

segunda-feira, 20 de abril de 2009


.regressão

se não sou o maláquias
o josé dos livros, das canções
a hora da chegada, as duas em ponto
não espere de mim nada
é a hora da saudade, que me perde o ponto.

se não sou o verdadeiro
o honesto traiçoeiro, dos sonhos
das noites claras, das duas em ponto
me queimo em brasa
e o dia acaba, e eu me perco e ponto.




dias vem, vão, acordam, dormem, emendam e assim o sóis queimam e as luas congelam, bem, sem lamentações, seguindo outro ritmo, diferente do mês passado, da semana passada, de ontem mesmo, totalmente diferente. Meu batuque segue o meu samba, disritmado, alegre, de interpretações ambíguas, mas é só prestar atenção no meu enredo pra entrar na roda.

terça-feira, 10 de março de 2009

já era dia.


Eu não sou de ninguém, quero ser do mundo, sou do mundo, do meu, do seu, do seu imaginário bizarro de está lendo isso.

Descartei velhas preocupações, velhos tabus e limites impositivos, e agora sinto e vejo que o meu mundo gira bem melhor, novas engrenagens, lubrificantes de vida, e óleos aromatizantes para manter a viscosidade dos dias, e como estão diferentes, e como tudo mudou. Já não me importa se é aqui ou lá, se onde estou eu sou, e se já sou o que eu quero ser e o que você imaginar, serei o mesmo de sempre, pois aqui dentro, nada mudou, por fora nada mudou. Apenas o mundo que gira diferente, mais leve. Alegre.

Então, ainda gosto dos meus dias cinza, gosto das noites coloridas, gosto da penumbra e do verde-amarelado do entardecer e do alvorecer, são detalhes de cheiro diferentes, de gostos diferentes, de “frutas diferentes que te deixariam tonta”, gosto da sensação de medo, dos novos prazeres, dos desejos e das novas melodias que encontro ao dobrar cada esquina.

São dias, noites, tardes e madrugadas diferentes, lugares diferentes, pessoas diferentes, gosto de está aqui e lá, e acabo estando em toda parte, mas não irá me achar, pois o verdadeiro, não está lá.

sábado, 31 de janeiro de 2009

é assim e pronto.


Nada de ditadura ditatoriais, nem imposição forçada sobre pensamentos consistentes, apenas a prática de argumentar e ter como dissertar, assim que me treino para não cair na mesmice de linguajar, uma droga, a preguiça sempre consome meus sábados e consome minha produção. =(

Estranhos sábados, semanas estranhas, estudos estranhos, pensamentos estranhos e vontades bizarras, planos alucinantes mirabolicamente e acessíveis para serem realizados, e neles que passei a semana pensando, meu melhor amigo (irmão) , até que enfim resolveu aparecer para dar o ar da graça por cuiá, e assim os planos desenrolaram. (pronto, já falei de mim).

E como pensar em entender os dias da semana? entender as horas? e entender os porquês de tudo e mais um pouco? parece tudo tão simples, maravilhosamente simples, mas não tem como fugir de passar os sábados sentindo o vazio da sexta à noite, o vazio da manhã de sábado, é assim o resumo da semana, é o dia sem fim, é assim e pronto. Né cogumelo?

sábado, 24 de janeiro de 2009

os dias que me restam




É como ter tudo, sem nada ter, e esquecer de como é ter alguma coisa, se é que você me entende.
É simples, complicado, impossível e prazeroso. A conquista. (entendeu né?)
São planos, são projetos, são desejos e sonhos, é tudo que preciso para os próximos dias.
Sonhos e um pouco de solidão, luz, sombra e bons sons, é do que preciso, é do que precisamos, tempo... tempo para sonhar, tempo para pensar, tempo pra produzir... porque nada é inútil, nem o tempo perdido, nem ninguém, nem nada, nem o tempo é insubstituível

ciranda de pedra. lygia fangudes telles.
"É preciso amar o inútil. Criar pombos sem pensar em comê-los, plantar roseiras sem pensar em colher rosas, escrever sem pensar em publicar, fazer coisas assim, sem esperar nada em troca. A distância mais curta entre dois pontos pode ser a linha reta, mas é nos caminhos curvos que se encontram as melhores coisas. A música ... Este céu que nem promete chuva ... Aquela estrelinha que está nascendo ali... está vendo aquela estrelinha? Há milênios não tem feito nada, não guiou os Reis Magos, nem os pastores, nem os marinheiros perdidos... Não faz nada. Apenas brilha. Ninguém repara nela porque é uma estrela inútil. Pois é preciso amar o inútil porque no inútil está a Beleza. No inútil também está Deus."

No inútil está a beleza.